Entrevistas
“A News Farma sempre inovou na forma de comunicar com os profissionais de saúde e é por isso que continua a ser a referência editorial nesta área”. Em entrevista, Ana Branquinho, diretora de Marketing da News Farma, explica como, neste ano de 2020, os constrangimentos provocados pela pandemia vieram catapultar a relevância do digital, e fala na grande aposta no desenvolvimento de uma plataforma de congressos virtuais imersivos on demand, pensada à medida de cada organizador, de cada participante, de cada patrocinador. Em antevisão, afirma ainda que “o ano de 2021 tem um enorme potencial em matéria de congressos virtuais on demand e em todo o tipo de formação para profissionais de saúde, como é o caso da dos jovens especialistas, que são, neste momento, uma preocupação transversal a todas as áreas”.
O esforço das entidades em integrar ensaios clínicos está a dar os seus frutos “lentamente”, afirma a Dr.ª Teresa Almodôvar, do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, no âmbito do evento “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia”. A especialista salienta a importância dos ensaios com origem na academia, que podem projetar Portugal internacionalmente.
Os farmacêuticos podem ajudar na escolha de esquemas que sejam “economicamente mais eficazes”, até porque há vários aspetos que a equipa médica desconhece ou com os quais ainda não tem experiência, como, por exemplo, os fármacos orais. A consideração é do farmacêutico hospitalar Prof. Doutor João Paulo Cruz, que abordou a parceria entre ambos os profissionais de saúde, no evento “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia”, que se realizou a 10 de outubro pela MSD.
No evento virtual da MSD “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia, a Dr.ª Sofia Campelos explicou o procedimento, que utilizam no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), para fazer os controlos de imunocitoquímica. A especialista refere que, pelo que sabem, essa metodologia ainda não está a ser utilizada em mais nenhuma instituição do país, uma vez que a maioria dos sítios faz apenas o controlo em lâmina.
A anatomia patológica, hoje em dia, também já aconselha a terapêutica, já percebe qual pode ser o tratamento eficaz em determinado doente. “É uma enorme evolução”, diz a Prof.ª Doutora Paula Borralho, do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, no evento “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia”, que se realizou a 10 de outubro.
A Enf.ª Emília Alves, da Fundação Champalimaud, defende que a comunicação se treina e vão sendo adquiridas outras competências no processo. O treino dá “ferramentas preciosas para se conseguir efetivar melhor a relação terapêutica com o doente”, referiu aquando da apresentação que fez, no evento “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia”, onde se juntaram profissionais de várias classes da saúde.
Considerando que “nunca antes os doentes estiveram tão preocupados e interessados em ser vacinados”, o Dr. Eurico Silva, médico de família na USF João Semana, em Ovar, acredita que daí advém uma oportunidade para administrar a vacina antigripal, bem como a antipneumocócica. Mas não só. É também um momento para “administrar um bocadinho de cultura em saúde”.
O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica celebrou-se esta semana, a 18 de novembro. Em entrevista à My Pneumologia, o Dr. João Munhá, coordenador da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), revela um dos maiores problemas da doença em Portugal – a maior parte dos doentes não é diagnosticada, situação que se agravou devido à recente pandemia.
O Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão assinala-se em novembro. Em entrevista à My Pneumologia, o Dr. Paulo Calvinho, coordenador da Unidade de Cirurgia torácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, aborda o impacto que a COVID-19 está a ter no diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão, nomeadamente a diminuição das listas de espera e do número de doentes discutidos em reuniões multidisciplinares. Além disso, defende a necessidade de investimento na deteção precoce, como forma de aumentar a sobrevida dos doentes e reduzir os custos para o Serviço Nacional de Saúde.
“A anatomia patológica está a entrar numa fase de digitalização progressiva, que começa a trazer ferramentas únicas de inteligência artificial para a apreciação de tumores”. Foi sobre elas que incidiu a apresentação da Prof.ª Doutora Catarina Eloy, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), no evento “Cancro do Pulmão: o Doente no Centro da Imunoterapia”, realizado a 10 de outubro.